VISITA SOCIAL
O recurso da Visita Social Domiciliar é utilizado desde a Antiguidade, inicialmente com as práticas judaica de visitar os doentes, que estavam privados do convívio social Vem daí a expressão visita domiciliar. No Brasil, desde o início do Serviço Social enquanto profissão, utilizava-se o instrumento da Visita Social Domiciliar para monitorar o comportamento das famílias. As análises das visitas domiciliares estavam a serviço da classe dominante. O Assistente Social se comprometia a fiscalizar as razões do absenteísmo por parte dos operários e como estes dados eram utilizados até para justificar demissões. Verificar (a verdade) ou Desvelar (o vivido)? Podemos perceber claramente que verificar nos conduz ao movimento de apurar a verdade. Isto nos leva a deduzir que os usuário pode ser um mentiroso e que, cabe a nós profissionais, confirmarmos sua verdade. Então o que é verdade? De fato, não é este o propósito do profissional do Serviço Social quando se dispõe a realizar uma Visita Social Domiciliar. A ideia policialesca, não traduz o espírito e os compromissos éticos deste profissional. Nosso contato com os usuários em seu espaço de vida se relaciona diretamente, com o conhecimento daquela realidade diretamente, com o conhecimento daquela realidade social que o envolve e das perspectivas de superação e de acesso à inclusão social. Conhecer é Desvelar. Conhecer a situação, e mesmo o vigiar surge como vigiar os sonhos, cuidar para que não sofra sobressaltos. Veja bem: investigar a verdade é diferente de provar a verdade. Mas a conduta profissional no uso instrumental reflete a sua postura. Num exemplo ao atuar numa Visita Social Domiciliar, para tratar de uma doação, a senhora que me recebeu ficou tremendo fisicamente e verbalizou “que ainda não teve condições de construir o quarto em cima como a outra Assistente Social havia