O serviço social em sua trajetória histórica possui várias correntes que discutem a questão da instrumentalidade. A dimensão técnica-instrumental sempre teve lugar de destaque no serviço social, passando pela esfera religiosa, profissionalização e os momentos históricos que a constituíram. O tema instrumentalidade percorre a história da profissão, o serviço social se constituiu como profissão no momento histórico em que os setores dominantes da sociedade começaram a intervir nas consequências da “questão social” por meio das políticas sociais. Por tanto o serviço social surge na historia como uma profissão de caráter interventivo, que visa produzir mudanças no cotidiano da vida social das populações atendidas, utilizando um conjunto de técnicas e instrumentais. A partir do movimento de reconceituação do serviço social, a profissão deixa de exercer somente funções executivas atuando também no planejamento e administração das políticas sociais. Sendo assim, em função de um aprofundamento teórico metodológico impulsionado pela obra marxista, o serviço social rompe com esse caráter executivo e conquista novas funções e atribuições no mercado de trabalho. Essas novas funções e atribuições como, por exemplo: elaboração, coordenação e execução de programas e projetos exigem do profissional o domínio de um instrumental técnico-operativo que possibilite a viabilização da intervenção. No momento de origem do serviço social a pratica profissional era fundamentada apenas na dimensão técnica do trabalho, isto é, era a forma e os resultados imediatos de sua ação que lhe garantiam legitimidade e reconhecimento da sociedade. O movimento de reconceituação buscou superar essa visão dando ao serviço social um estatuto cientifico. Segundo Neto foi levantado à necessidade de que a profissão se debruçasse sobre a produção de um conhecimento critico da realidade social para que o próprio serviço social pudesse construir os objetivos e reconstruir objetos de sua intervenção,