Visita domiciliar
Marcelo de Freitas Dias
Introdução A literatura nacional e internacional discute a fundo a Visita Domiciliar (VD) e a Atenção Domiciliar em uma série de eventos e momentos na saúde. Na grande maioria destas discussões, há um objetivo claro para a realização da Visita Domiciliar, seja para busca ativa de casos, seja como alternativa assistencial - para realizar cuidados específicos de enfermagem (tratamento de feridas, avaliação da PA, coleta de exames), atendimento de enfermagem (visitas de puericultura, puerpério, no pós-operatório ou egressos) ou médico em caráter excepcional (pacientes restritos ao leito ou ao domicílio, doença mental, zona rural remota). Poucos trabalhos estudam a realização de visita domiciliar na dinâmica do Programa Saúde da Família, onde a Visita é uma importante ferramenta de trabalho que, junto a outras, diferencia o profissional da estratégia saúde da família dos demais. Há uma indicação de que o atendimento ao paciente em seu domicílio não deve ser feito por profissional médico ou de enfermagem em todas as circunstâncias, sendo esta ação não custo-efetiva, além de ocupar o profissional de nível superior por parte considerável do tempo, o que atrapalharia a realização de suas atividades na Unidade de Saúde da Família. Por outro lado, torna-se claro o papel da Visita Domiciliar no cuidado ao paciente acamado temporariamente, no paciente restrito ao leito ou ao lar, no paciente sem condições de acesso a Unidade de Saúde da Família, seja por barreiras físicas, pessoais, geográficas ou familiares. Neste caminho entre o que é necessário e o que não é indicado, situam-se inúmeros casos não definidos por protocolos, diretrizes ou referenciais teóricos que tem sido individualizados pelas Equipes de acordo com a demanda de atendimentos, e com a disponibilidade dos profissionais para atividades "extraconsultórios". Esta individualização de casos não deve ser abandonada, devendo