Virus de computador
Em 2010, a internet mostrou sua face bélica
Großansicht des Bildes mit der Bildunterschrift: Neste ano, a internet alcançou uma nova dimensão
Tecnologias de comunicação e informática cada vez mais avançadas impulsionam continuamente a revolução da informação. Mas ela também tem uma face militar, que ficou bem visível para o mundo neste ano de 2010. Se há um nome que define o atual processo de militarização do espaço cibernético, esse nome é Stuxnet. Em meados de 2010, este malware apareceu de repente, provavelmente depois que já tinha feito o seu trabalho, que era sabotar o programa nuclear do Irã e, mais especificamente, o complicado processo de enriquecimento de urânio.
O que deixou os especialistas de informática boquiabertos foi o fato de o Stuxnet ter sido projetado especialmente para a manipulação de sistemas de controle industrial. Seus criadores, que continuam desconhecidos, também conseguiram equipar o verme cibernético com poderosas ferramentas para infecção de redes com alto poder de proteção.
Stuxnet – o "míssil de cruzeiro digital"
Agora, todos os prognósticos sobre possíveis ameaças devem ser reconsiderados, já que os sistemas de controle industrial atacados pelo Stuxnet são utilizados em todo o mundo, em instalações como usinas, indústrias químicas e refinarias.
O especialista em segurança de dados Stefan Ritter, do Departamento Federal de Segurança em Tecnologia de Informação da Alemanha, localizado em Bonn, se diz preocupado, porque o Stuxnet comprova a viabilidade de ataques a infraestruturas críticas. "Não se trata mais de uma ameaça fictícia. É uma ameaça real de grande porte e extremamente sofisticada", avalia.
O perigo vindo do ciberespaço também chegou até a Otan. Na sua cúpula em Lisboa, em novembro, a aliança adotou uma nova estratégia. A organização considera os ataques cibernéticos como uma das três maiores ameaças da atualidade, além do terrorismo e das armas de destruição em massa.
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