Virtruvio

Marco Vitrúvio Pollio, arquiteto e engenheiro romano, que viveu no século I a.C deixou como legado sua obra “De Architectura” constituída em 10 volumes, escrita no período grego-romano na qual serve de inspiração aos elementos arquitetônicos e estéticos das construções nos dias atuais. Sua obra aborda a formação e a educação do arquiteto, pois ele achava que o arquiteto deveria ser conhecedor das mais diversas ciências e artes, como, geometria, história, matemática, música, medicina e astronomia, abrangendo diferentes áreas do conhecimento humano. Vitrúvio baseia a formação do arquiteto, devido o contesto no qual surgiu essa profissão, e que também entendemos na atualidade como engenheiro. De forma resumida ele define o arquiteto como construtor principal, alegando que desde sua origem esteve ligado com as (belas artes), enquanto o engenheiro como gerar, produzir, definindo-o como encarregado da produção.
Seu trabalho nos campos das artes baseia-se na produção perfeita das coisas, envolvendo assimetria, proporção e os ajustes das dimensões e formas aos modelos pretendidos e esperados, tendo como inspiração a natureza, conferindo soluções singulares para a função e forma dos seres vivos.
Ele influenciou grandes artistas da renascença na busca pela forma perfeita, como Leonardo Da vinci e pinturas renascentistas como a do mestre Giotto. Percebe-se em seus trabalhos a divina proporção como um modelo ideal para o ser humano segundo um ideal clássico de beleza. A proporção áurea definida por ele como (phi) e a busca pela elegância e beleza está presente em obras como a fachada do Pártenon e também entre a altura da face lateral e da metade da aresta da base da pirâmide de Gizeh no Egito.
Na atualidade essas estruturas com formas inspiradas na natureza são habituais mesmo que o custo estrutural seja maior.