Violência
O texto retrata a história do assaltante Sandro, que por 5 horas dominou os passageiros do ônibus 174. Traz reflexões importantes sobre as questões sociais. Além de elucidar pontos consideráveis no que se refere a invisibilidade social, aponta também para a falta de políticas públicas para aqueles quexestãoxàxmargemxdaxsociedade,xcomoxaxatuaçãoxdoxEstadoxnaxsegurançapúblicaxeXoXdespreparoXdeXpessoasXenvolvidasXnesseXtrabalho.
Não trata do seqüestro em si, mas sim da história de vida do assaltante que morador de uma favela presenciou o assassinato de sua mãe, após alguns dias morando com sua tia resolve morar nas ruas, e foi um dos sobreviventes, porque se fingiu de morto da “Chacina da Candelária” ocorrida há dezessete anos em que váriosXmeninosXdeXruaXforamXassassinadosXviolentamente. Os fragmentos de sua história pessoal, apontam para um caminho em que a invisibilidade social se fazia cada vez mais presente, assim como maioria invisível que percorre os grandes centros urbanos ele pertencia a massa caracterizada pelos estigmas e indiferença sociais, “jovem, negro e analfabeto”, a que os nossos olhos estão tão acostumados a ignorar. Sandro sai de cena com a mesma invisibilidade com que entrou, com a diferença de carregar consigo mais uma máscara que a sociedade lhe impôs, a de ser o único culpado pelo desfecho inesperado que o levou a virar o seqüestradorxdoxônibus,xassassinoxexemxseguidaxassassinado.
Fazendo uma análise do que levou uma criança comum a se tornar a protagonista de mais um caso trágico no Brasil, o texto mostrar que Sandro era apenas mais um produto da desigualdade social que ronda o Brasil. Criança pobre, traumatizada pela morte da mãe e sobrevivente de uma das maiores chacinas da história do país que sonha em ser um cantor de RapXeXfazerXsucesso.
O texto retrata ainda como a sociedade em que vivemos é culpada pelo que Sandro se tornou, por trás do assaltante, existe um humano, e outra