VIOLÊNCIA E O FILME "O HOMEM QUE COPIAVA"
Tarefa: relacionar filme “O homem que copiava” com violência.
Se, num primeiro momento, o filme que recebeu o prêmio de Melhor filme brasileiro de 2003 pela revista ISTOÉ, pode parecer apenas mais uma comédia ou drama qualquer; uma análise mais profunda permite observar uma evidente crítica, fundamentada no personagem André, interpretado por Lázaro Ramos.
André encarna a minoria desprezada pelas excludentes regras do Capitalismo. É um negro de classe média baixa, que ganha apenas 310 reais por mês e sente-se oprimido pela sociedade, em função da sua realidade caracterizada por carências e restrições. Ou seja, em um primeiro momento, é evidenciada a violência social, responsável por vítimas personificadas pelo personagem de Lázaro Ramos. São pessoas que passam por inúmeras dificuldades pelo fato de serem excluídos pela lógica capitalista, que objetiva o lucro. Esta qualidade do sistema capitalista é responsável por grandes disparidades econômicas e pela formação de duas classes: empregado e empregador. André é o exemplo de um empregado que vende, por valor irrisório, sua força de trabalho. Conclui-se, portanto, que, no início do filme, André representa o indivíduo excluído pela sociedade, sendo evidenciada, assim, a violência social e econômica que podem ser observadas no mundo hoje.
Ao longo do filme, porém, o pobre adolescente que viva oprimido atrás de uma fotocopiadora resolve lutar contra sua realidade e buscar melhores condições de vida – em outras palavras, melhor situação financeira – a fim de conquistar Sílvia, a personagem vivida pela atriz Leandra Leal. Contudo, para atingir seu objetivo, o personagem de Lázaro Ramos lança mão de meios criminosos, como falsificação de dinheiro e assalto. Ou seja, é o exemplo perfeito do jovem que, intimidado pela lógica capitalista e sem nenhuma perspectiva de melhora, procura por progresso através de meios ilícitos. Nessa fase do filme, André deixa de ser vítima da violência imposta pela