Violência urbana
2010, um ano para ser esquecido pelas autoridades da Segurança Pública do Ceará. Batendo todos os recordes da insegurança, o ano que passou terminou com a triste constatação de que 1.824 pessoas foram assassinadas somente na Capital e sua Região Metropolitana. Um aumento da ordem de 29 por cento em relação a 2009.
Os números foram ´fechados´ na manhã do dia 1º, depois dos registros de homicídios na RMF até a meia-noite do dia 31 de dezembro. O último assassinato do ano aconteceu exatamente às 22h30 do dia 31, quando Antônio Fábio Ribeiro Rodrigues foi morto, a tiro, na Rua B, no Barroso (Zona Sul da Capital).
Pesquisa
O levantamento, exclusivo, foi feito pela Editoria de Polícia do Diário do Nordeste ao longo de 2010, a exemplo do que ocorreu em 2008 e 2009. Dia a dia, hora a hora, a Reportagem contabilizou todos os assassinatos praticados na Grande Fortaleza, num trabalho de fôlego resultante do cruzamento das informações divulgadas pela Coordenadoria Integrada de Operações de Segurança (Ciops), guias cadavéricas expedidas pelas delegacias da Polícia Civil (distritais e metropolitanas) e, ainda, pelos registros da Coordenadoria de Medicina Legal (antigo IML), da Perícia Forense do Estado do Ceará (Pefoce); e pelos óbitos ocorridos nos hospitais de emergência da Capital, de pacientes vítimas da violência.
Dos 1.824 assassinatos ocorridos na RMF, 1.271 foram praticados na Capital cearense. O restante aconteceu nas demais cidades que compõem o cinturão metropolitano da quinta maior Capital brasileira.
Depois de Fortaleza, o Município da RMF mais violento, conforme apontou a estatística, é Caucaia, onde no ano passado 207 pessoas foram assassinadas ou seus corpos foram deixados ali (os casos de ´desova´). Em seguida, vem Maracanaú, com 133 execuções sumárias. Aquiraz registrou 49 homicídios, Eusébio 35, Maranguape 29, Itaitinga 21, Horizonte 20, Pacatuba 18, Pacajus 14, e São Gonçalo do Amarante com 13 casos.