violência simbólica
A violência simbólica se baseia na fabricação de crenças no processo de socialização, que induzem o indivíduo a se enxergar e a avaliar o mundo de acordo com critérios e padrões definidos por alguém. Trata-se da construção de crenças coletivas e faz parte do discurso dominante.
A raiz da violência simbólica estaria deste modo presente nos símbolos e signos culturais, especialmente no reconhecimento tácito da autoridade exercida por certas pessoas e grupos de pessoas. Deste modo, a violência simbólica nem é percebida como violência, mas sim como uma espécie de interdição desenvolvida com base em um respeito que "naturalmente" se exerce de um para outro. Como exemplo disso, temos a atitude professoral, a qual pressupõe o uso legitimado de estratégias punitivas em relação aos alunos (como reprovações e castigos) que não se enquadram nos moldes sociais da instituição escolar.
A violência simbólica também se encontra presente nas arquiteturas das casas, nos hábitos, nos costumes, nas leis, na mídia, nas escolas, nas universidades etc.
Na paisagem urbana, vemos casas projetadas e construídas para se adaptarem às novas condições de vida das famílias cuja necessidade de proteção as obrigam a construir casas não mais privilegiando espaços externos e, sim, espaços fechados.
Interiorizando-se para buscar desesperadamente a segurança e a defesa. As pessoas constroem casas que, do exterior, parecem sombrias, com muros altos e intimidantes, envoltas por cercas elétricas que chegam a lembrar de verdadeiras muralhas.
Presente também nas pichações de muros e bustos, nos bancos quebrados de praças públicas, na sujeira das ruas, na poluição dos automóveis, na poluição sonora, na poluição visual dos incontáveis cartazes de propaganda etc., a violência simbólica é reforçada na rigidez e na dureza das paisagens urbanas.
Se expressa também, nos hábitos, ao reproduzir uma violência institucionalizada na miséria, na fome, na seca, no