Violência Simbólica
Todos sabemos que há sérios problemas de violência e corrupção nas policias no Brasil, porém gostaríamos de lhes apresentar uma versão que talvez você não conheça nessa história.
Uma Instituição como a Policia Militar há algum tempo abandonou a violência física contra os Praças, mas passou a utilizar a violência simbólica moral e psicológica de maneira mais ostensiva. A partir de símbolos e signos culturais e especialmente no reconhecimento tácito da autoridade exercida por certas pessoas e grupos de pessoas. Deste modo, a violência imposta nem é percebida como violência de fato, mas sim como uma espécie de interdição desenvolvida com base em um respeito que “naturalmente” se exerce de um para outro.
Hoje em dia a maior parte daqueles que se submetem a concursos para ingresso nas policias militares do país não fazem por vocação, mas é motivada por fatores como: a estabilidade do emprego, possibilidade de ascensão profissional e, de alguma forma, ascensão social no exercício de uma profissão ainda valorizada em detrimentos de outras.
Ao ingressar na instituição policial o individuo tem sua identidade transpassada pois recebe um novo nome, assim como um número de identificação pelos quais passa a ser reconhecido e a se reconhecer como policial. A troca de identidade mostra como a Instituição Total atravessa esses sujeitos, produzindo novas formas de relacionamento destes com o mundo.
No âmbito corporativo da Policia, a violência ocorre pela humilhação repetitiva e contínua que interfere na vida dos profissionais de modo direto, comprometendo sua identidade, sua dignidade e suas relações afetivas e sociais, ocasionando graves danos à saúde física e mental, o que tende a evoluir para a incapacidade ocupacional, desemprego ou mesmo o suicídio, constituindo um risco invisível, porém concreto, nestas relações.
Em particular na PMBA a organização do trabalho não possui uma política de proteção à saúde do trabalhador e de