Violência Escolar, tecnologia e o culto à banalidade

Violência Escolar, tecnologia e o culto à banalidade.

A evolução da tecnologia proporcionou uma série de facilidades e benefícios à sociedade contemporânea. A internet revolucionou o mundo, democratizou o acesso às informações, deu liberdade, vez e voz à população.
Entretanto, essa mudança não veio sozinha. A transformação da sociedade ocorreu por completo. Os costumes, a cultura, o modo como as pessoas vivem mudou.
A fusão dessas mudanças comportamentais com a tecnologia tem proporcionado espetáculos bizarros expostos diariamente na rede mundial de computadores.
Dentre tantos absurdos vistos diariamente, o que mais tem me chamado a atenção é a violência nas escolas e sua exposição na internet.
Hoje, a maioria esmagadora dos brasileiros tem um aparelho de telefone celular com câmera que realiza filmagens, com cada vez melhor resolução e nitidez.
De posse desses equipamentos, qualquer desavença é motivo para vários alunos acionarem seus celulares e registrarem todo o imbróglio sem a mínima preocupação de ajudar a solucionar o conflito.
Nas décadas de 80 e 90, vez ou outra os alunos se desentendiam durante a aula e o famoso bordão, que até virou nome de filme, era proferido: “te pego lá fora”. Aconteciam “brigas” raramente caracterizadas por violência de verdade.
Hoje isso mudou. São vários componentes acrescentados. A violência tornou-se um problema social grave, advindo das condições sociais, psíquicas, de relações familiares conturbadas e do efeito nefasto das drogas.
A motivação das brigas e da violência presente nas escolas nos dias de hoje é completamente diferente de outrora. E de fato, não há respeito pelas instituições escolares, pelos professores, muito menos pelos colegas.
A nossa sociedade mudou. Os limites foram rompidos. E a violência se propaga como um rastilho de pólvora. Com uma velocidade ainda maior, as imagens dessa violência são registradas e inseridas na internet.
Trata-se de uma prática que diz muito sobre a inversão de