Violência em Piracicaba.
Piracicaba subiu oito posições no ranking de homicídios e tornou-se o 86º município mais violento do Estado de São Paulo, de acordo com o Mapa da Violência 2012, trabalho que levou em conta as taxas médias dos últimos três anos disponíveis — 2008 a 2010 —, relacionando a média de homicídios com a média de população desses anos. As últimas pesquisas mostraram uma piora no quadro da violência no município. Em 2008, Piracicaba ficou na 113ª e, em 2010, na 94ª posição. Segundo o levantamento, foram 61 assassinatos em 2008, 49 em 2009 e 62 em 2010. O número resulta em uma taxa média de 15,7 homicídios por 100 mil pessoas, bem acima da média de municípios que têm número aproximado de habitantes — Piracicaba possui 365 mil. Em Jundiaí, com população média de 359 mil habitantes, o índice é de 12,9 e em Bauru, com média de 350 mil moradores, a taxa foi de 13,2. Em Piracicaba, a taxa de homicídios é maior que a dos conflitos armados no Afeganistão, com média de 9,9.
Com dados compilados desde 1980, o estudo revela o avanço da violência ano a ano. Se 30 anos atrás 13.910 pessoas foram vítimas de homicídio no país, em 2010, o número de mortes chegou a 49.932. Foi um crescimento de 258%. A população também aumentou no período, mas não na mesma velocidade. Passou de 119 milhões para 190 milhões de habitantes, registrando crescimento de 59,6%.
Em relação a outros países, a situação é alarmante. Enquanto no Brasil 1,1 milhão de pessoas foram mortas nos últimos 30 anos, a guerra civil da Guatemala, que durou 24 anos, registrou 400 mil mortes. A disputa religiosa entre Israel e Palestina, entre 1947 e 2000, foi marcada pelo assassinato de 125 mil pessoas.
Desde 1980, a taxa de homicídio para cada 100 mil habitantes também deu um salto considerável, passando de 11,7 para 26,2. Segundo o estudo, na última década foi observado crescimento rápido das taxas até 2003, quedas relevantes até 2005 e, a partir deste ano, equilíbrio instável, com