Violência Doméstica contra a Mulher
A vida em lares tão conturbados, de famílias desestruturadas e pais agressivos resulta na formação de jovens delinqüentes que, sendo educados em meio à violência, tornam-se vítimas de duplo descaso: da sociedade e, porque não dizer, da Justiça também, eis que esta não foi efetiva para punir no momento certo a corriqueira violência doméstica.
Existem vários conceitos e costumes que favorecem a violência contra a mulher. Tudo o que se refere ao comportamento homem/mulher é antigo, cultural, alicerce para a manutenção de uma sociedade machista e patriarcal como a brasileira. Ao homem tudo é permitido, inclusive ser solteiro. Já em relação à mulher, existe uma cobrança intensa de que esta deve se casar e tornar-se boa esposa, boa mãe e boa administradora do lar. Como se a realização pessoal de uma mulher se medisse no fato dela se casar ou não.
Na medida em que a mulher enxerga e aceita o homem como superior ela, necessariamente, passa a ocupar a posição contrária, ou seja, a de submissa. Ao assumir este papel de subjugada, ela torna-se insegura e passa a ser alvo de agressões.
A violência doméstica contra as mulheres atinge todos os níveis sociais, não discrimina faixa etária e data do início da história da humanidade.
Foi no início da década de 80 em que foram criadas as primeiras delegacias de mulheres no Brasil. Àquela época era comum a prática de homicídio de mulheres e a conseqüente absolvição de seus assassinos sob a alegação da tese da legítima defesa da honra. Muitas mulheres eram mortas pela simples suspeita de adultério. Nos tribunais, ocorria