Violência contra os jovens
01 -Segundo o autor, quando se fala da violência contra os jovens na atualidade, há a necessidade de fazer referência às mortes por causas externas, como acidentes e homicídios, violência nas escolas e nos bairros.
02 -O autor explica que nos oito grupos focais analisados, quatro com meninas (29 jovens no total) e quatro com meninos (35 no total), optou por perguntar sobre exemplos de riscos e perigos vivenciados pelos jovens, nos últimos meses, para que a discussão fosse conduzida a partir de suas experiências pessoais.
03 -Os riscos mais citados e comentados pelos meninos referem-se às brigas – quase sempre envolvendo armas, em bares e festas e às agressões, roubos ou sustos experimentados por eles, no momento do retorno para casa à noite, vindos dos bares, lanchonetes, festas e bailes: “a gente corre o risco de sair de casa e poder ser morto”. Eles apontam também, desastres, atropelamentos e alguns tipos de acidentes domésticos.
04 -Quanto aos depoimentos das meninas, uma delas conta da tentativa de estupro de que fora vítima e outras duas mencionaram o medo de o serem. Outras enfatizaram o medo de perderem membros da família, sobretudo o pai e a mãe.
05 -Dados estatísticos analisados por Mello Jorge, Gawryszewski e Latorre (1997), sobre mortes por causas externas ou violentas – acidentes e homicídios mostram que elas são responsáveis, cada vez mais no Brasil, pela morte de jovens.
06 -Proporcionalmente às demais causas, as violentas mostram um crescimento de mais de 50% entre 1977 e 1994, no referente às faixas etárias mais jovens e do sexo masculino. Porém, os dados referentes às décadas de 1980 e 1990 também apontam todos nessa direção.
07 -O aumento dos coeficientes de mortalidade por homicídios preocupa os pesquisadores, pois compreendiam 30% das mortes, por causas externas em 1994. Em 1977, o coeficiente de mortalidade devido a essa causa, era de 7,9/100 mil habitantes, passando para 21,1/100 mil