Violência contra os jovens no Brasil da atualidade
“A violência, em especial os homicídios, impede que parte significativa dos jovens brasileiros usufrua dos avanços sociais e econômicos alcançados na última década e revela, na quantidade de vidas jovens, um inesgotável potencial de talentos perdidos. Se levarmos para o contexto econômico, como aponta o estudo o IPEA (2013) “Custo da Juventude Perdida no Brasil”, as mortes prematuras em consequência da violência custam ao país cerca de R$ 79 bilhões a cada ano, o que equivale a 1,5% do PIB Nacional.” (Efraim Neto/ Mercado Ético) A violência contra adolescentes é majoritariamente influenciada por desigualdades socioeconômicas, além de envolver a questão racial. O Índice de Vulnerabilidade Juvenil à Violência e Desigualdade Racial 2014 mostra que a população negra entre 12 anos e 29 anos é a principal vítima da violência. O indicador mostra também que a cor da pele e o risco de exposição à violência estão relacionados e traz ainda comparativos específicos sobre as taxas de homicídio de negros e brancos.
Um levantamento do Centro Brasileiro de Estudos Latino-Americanos, com base no Sistema de Informações de Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde, mostra que o número de homicídios contra jovens entre 1980 e 2010 cresceu 346%. O Estado mais violento para os jovens, segundo o relatório, é Alagoas, com 34,8 homicídios para cada 100 mil crianças e adolescentes. O mais seguro é o Piauí, com 3,6 casos registrados para cada 100 mil. Em 2005, 8 mil pessoas entre 10 e 19 anos foram vítimas de homicídios. Destes, 65% eram afro descendentes
“Os jovens negros no Brasil são duas vezes e meia mais vítimas de homicídio do que o jovem branco”,