VIOLENCIA URBANA
Régis de morais, no livro, inicia o seu trabalho focando o medo. O medo que eu tenho de sair às ruas, que você tem e que, por si só, é um fator de geração da violência urbana. Isto acontece porque, quanto mais reprimidos os homens, mais drásticas são as suas atitudes. Explicando, o homem que se mantém reprimido o tempo todo, escondendo-se na sociedade, permite que outros que dominam tomem as rédeas do que será desenvolvida na cidade, gerando um nível de poder extremo, o homem, que ao se ver reprimido reage, vai ao encontro de uma afirmação constante no livro, a de que a brutalidade é a arma dos fracos. Em qualquer das duas hipóteses, o homem é uma marionete. Isto porque, como afirmado no segundo trecho, o espaço é político, e quando se fala em política, se fala em poder. No espaço das cidades, principalmente grandes cidades, que é o alvo principal do estudo, o poder encaminha a população e por conseqüência delimita o seu nível de ação, como acontece em qualquer das organizações, das mais simples as mais evoluídas. Como conseqüência da impotência dos menos poderosos, pra não dizer sem poder, surge à brutalidade dos fracos, tidos por muitos como a raiz da violência urbana, mas ai, nos perguntamos, a raiz representa a base, a base é começo, onde começa tudo isso? Na brutalidade dos fracos ou na opressão de um sistema que difere a todos. Creio eu que todos já sabem essa resposta...
Por todas essas situações, o homem perde a sua maior riqueza, a sua identidade, a sua capacidade de enxergar em si a pretensão de ser melhor. Isto gera violência. Como podemos julgar o detento rebelado que fora preso por roubar, mas que, dentro da cadeia, possui seus pertences roubados e não vê ninguém ser