Violencia Domestica

1.Breve Histórico

Desde os tempos bíblicos, o sexo feminino tem passado por gravíssimas violações em seus direitos mais essenciais, como direito à liberdade, à vida e à propriedade de seu próprio corpo.
Ainda que não haja comprovação de fato, talvez a religião tenha sido uma das responsáveis pela disseminação da violência social e familiar.
Como exemplo disso, é pertinente citar que segundo a Bíblia, a mulher, Eva, foi criada a partir da costela do homem, Adão, o que abriu a interpretações que levaram a uma possível inferioridade feminina.
Isto pode ser visto através da forma de educação dada aos meninos e às meninas, a qual faz nascer essa diferença imposta pelo machismo e pela religiosidade.
Na antiguidade, a mulher era vista como um reflexo do homem, tida como objeto, possuindo pouca expressão, além de ser vista como mero instrumento de perpetuação da espécie, sendo diversas vezes comparada mais a um animal do que a um ser humano.
Nesse contexto, pode-se perceber que há pelo menos 2500 anos, consolidou-se a construção ideológica da superioridade do homem em detrimento da mulher, e consequentemente a sua subordinação ao mesmo.
Nas civilizações Gregas, por exemplo, a mulher era vista como um ser subumano, inferior ao homem. Era menosprezada social e moralmente, e não possuía direitos.
Já na Alexandria do séc. I d.C, Filón, um filósofo helenista, iniciou idéias que eram parte de uma ideologia. Esta pregava a subordinação das mulheres no mundo ocidental. Ele reuniu a teologia hebraica, a qual aponta a mulher como insensata e causadora do mal, à filosofia de Platão, que mostra a mulher como inferior ao homem na própria alma e na racionalidade.
Na Idade Média, no entanto, o papel da mulher era exclusivamente o de se dedicar a ser mãe e esposa, gerando filhos e obedecendo ao marido, não tendo também qualquer direito.
Ainda, a Idade Moderna foi marcada pela propulsão inicial do feminismo, muito lembrado pela queima de sutiãs em praça pública, o que