Vinte Anos de Crise, cap 3 e 4
O autor do livro “Vinte anos de crise” em 1939, que trata sobre o período entre guerras de 1919-1939, Edward Hallett Carr, foi um jornalista, historiador e o teórico das relações internacionais, britânico e de esquerda, formado pela Universidade de Cambridge. Ficou conhecido por causa do seu trabalho sobre a história da União Soviética. Começou sua carreira na diplomacia em 1916 e, preocupado com os estudos sobre as relações internacionais, em 1936 entrou na carreira acadêmica. E como pode-se ver nesses dois capítulos, Carr se preocupa muito com a educação da população mundial, para que assim, possam enxergar a realidade de modo mais racional e certeiro. Em 1946, após o início da segunda guerra mundial, foi lançada uma segunda versão do livro, revisada.
Durante o capítulo 3 de seu livro, Carr trata principalmente sobre o pensamento político utópico que remonta à destruição do sistema medieval, que se instaurava com base na autoridade divina. Os realistas foram os primeiros a atacar essa primazia da ética, defendendo-a como um instrumento político, substituindo assim, a autoridade da Igreja por uma “lei natural” cuja fonte era a razão individual humana, que fora primeiramente instaurada pelos gregos e aplicada durante o século XVII e XVIII. Essa teoria erai utilizada pela ciência a partir do raciocínio, e da observação de fatos da natureza humana. A razão, ponto de princípio de tudo, tem a mente humana classificada como sua voz e é a determinante de leis morais, as quais os humanos tem que se adaptar. No século XIX, Jeremy Bentham, deu a essa corrente de pensamento, sua forma característica, “a maior felicidade para o maior número”, como definição de “lei natural”. Além, de elaborar a doutrina da salvação a partir da opinião pública, essencial para o credo liberal e utilizada também no