Vinicius de moraes
Para viver um grande amor
(crônicas e poemas)
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Rio de Janeiro . Editora do Autor .1962
(Rio de Janeiro: Editora do Autor)
Dedicatória: "a Lucinha".
Capa de Renato Vianna.
Há três epígrafes:
"But in my mind of all mankind/ I love but you alone." (Anônimo, "The Nutbrow Maid");
"Amor condusse noi ad una morte." (Dante, "O Inferno")
"The world was all before them, where to choose/ Their place of rest, and Providence their guide./ They, hand in hand, with wand’ring steps and slow/ Through Eden took their solitary way." (Milton, "Paradise lost").
Os poemas são precedidos pela seguinte "Advertência" do autor (não assinada):
Esta coletânea de crônicas, se bem que mesclada a poemas de fato e de circunstância, é o primeiro livro de prosa do A. Tendo exercido o mister de cronista em várias épocas, nos últimos vinte anos, resolveu ele selecionar algumas delas, a instâncias, também, de seus Editores, e vir a público. Há, para o leitor que se der ao trabalho de percorrê-las em sua integridade, uma unidade evidente que as enfeixa: a de um grande amor.
Foram elas publicadas em jornais e revistas vários, de alguns dos quais o A. perdeu o rastro. A maioria, no entanto, saiu em Última hora, no período que vai de 1959 a nossos dias.
Os poemas, muitos dos quais escritos nesse mesmo interregno, visam a amenizar um pouco a prosa: dar-lhe, quem sabe, um "balanço" novo. E situam-se, quase todos, nessa fase do A. que vai de seus últimos dias de Paris, em 1957, onde foi escrito, em julho, "O amor dos homens", até o fim do seu estágio em Montevidéu, em 1960. Dentro, portanto, da experiência do grande amor.
Copiar e ordenar mais de mil crônicas, do que resultou esta seleção, foi obra de D. Yvonne Barbare, secretária do A., cuja competência e dedicação não pode ele deixar de louvar aqui.
Rio, setembro de 1962.
O exercício da crônica