Vincent van gogh - analise da obra "passeio ao crepúsculo"
Em suas palavras, “não é muito mais belo, glorioso e magnífico imaginar as árvores da floresta a arder em direção aos céus como tochas da alma, do que velas apenas como focos de luz que iluminam a escuridão dos nossos fornos? Será por isso que atingem aquela altura imponente? O próprio sol não pode iluminar o mundo se não tiver almas que se apercebam da sua luz.”
Vemos, nessa citação que para Van Gogh a paisagem não se resumia à aparência, mas sim indicava a conexão de todas as coisas, que dão base à vida.
Olhando o quadro, percebemos que, se por um lado, as pessoas estão integradas à natureza, como queriam os românticos, Van Gogh deu um passo a mais.
Para o pintor a natureza também está integrada aos seres humanos, já que seus elementos expressam categorias da alma. Dessa maneira o pintor busca superar a contradição imposta pelo racionalismo entre sujeito e objeto, observador e observado. Ele busca uma síntese onde o que ele denominava de “forças da alma estão presentes tanto no homem como na paisagem”.
As camadas de tinta que se sobrepõem integram os elementos da pintura no mesmo ritmo, o céu se mostra com um redemoinho que pode simbolizar a condição interiro dos personagens na tela.
As cores fortes da paisagem demonstram a intensidade de sentimentos que o artista buscava expressar. A correspondência entre o amarelo no vestido da mulher e o amarelo do céu, assim como o azul na roupa do homem também presentes nas montanhas, sugere uma associação entre elementos e sentimentos, entre pesos e texturas, onde o homem e a montanha representam o real, o fixo, o racional, e a mulher representa o céu, a imaginação, o sonho, os ciclos da natureza.
Já o verde da paisagem, perpassa a figura de