Vidas secas
Personagens:
Fabiano –
Sinhá Vitória –
Filho maior –
Filho menor –
Baleia –
Soldado amarelo –
Patrão –
Mudança (slide)
( Sinhá Vitória anda com o filho “dependurado” na barra da saia, o baú de folha na cabeça, Fabiano com a cuia pendurada numa correia presa no cinturão e a espingarda no ombro)
Narrador – A fome lhes atacava o estomago, as horas contínuas de caminhada estava fazendo seus efeitos com um cansaço sobre-humano, não avistava-se uma única sombra ordinária, a folhagem dos juazeiros parecia longe, através dos galhos secos da caatinga.
(O menino mais velho e a cachorra atrás, o menino senta no chão e começa a chorar.)
Fabiano – Anda condenado do diabo! - (grita o pai, cutuca- o com a bainha da faca, o filho esperneia encolhido, acalma-se e deita no chão e dorme, Fabiano espera, chama-o sacode mas não adianta, pragueja) – Anda excomungado! - ( coloca ele nas costa e o carrega- o, caminho a fora.)
Narrador – Ainda na véspera da mudança eram em seis, contando com o papagaio, que morrera de fome na areia do rio onde haviam parado para descansar, e depois serviu para saciar aquela fome agonizante, Baleia sentia falta do amigo mudo, que não haveria deixar de ser já que a família pouco falava, mas não lembrava-se do ocorrido – (depois de um tempo avistam uma casa, entraram analisaram-na e ali instalaram-se, Baleia sai e volta com um preá, Sinhá pega as panelas, Fabiano ascende uma fogueira, comem e dormem.)
No dia seguinte... (slide)
(Fabiano chega em casa e vai ao quintal senta-se e começa a fumar.)
Fabiano – Fabiano você é um homem!
Narrador – Conteve-se se os pequenos ouvissem-no falar sozinho iriam impressionar-se, e pensando bem, ele não era homem era só um cabra ocupado em guardar as coisas dos outros. Queimando, vermelho, olhos azuis, barba e cabelo ruivos, mas como vivia em terra alheia encolhia-se e julgava-se cabra. Corrigiu-se:
Fabiano – Você é um bixo, Fabiano.
Narrador –