Vida Maria Durkheim e Weber
Segundo Durkheim, a sociedade é superior ao indivíduo, dispondo de certas regras, normas, costumes e leis que asseguram sua perpetuação. Essas regras e leis independem do indivíduo e pairam acima de todos, formando uma consciência coletiva que dá o sentido de integração entre os membros da sociedade.
Durkheim avaliaria a curta metragem Vida Maria dizendo que o comportamento de cada filha de cada geração era instituído pela coletividade. Para ele, as mães obrigavam as filhas a trabalhar, pois foram ensinadas dessa forma dentro de uma instituição, no caso a família. Para não haver conflito ou desestruturação das instituições e, consequentemente, da sociedade, a transformação dos costumes e normas nunca é feita individualmente, mas vagarosamente através das gerações e gerações, que é o que acontece no curta.
Ele também diria que a família da sociedade está na herança que é passada por meio da educação às gerações futuras. Essas heranças são os costumes, as normas e os valores que as mães (no caso do vídeo) deixaram. Desse modo, cada membro de uma sociedade sabe como deve agir para não desestabilizar a vida da comunidade; sabe também quem se não agir de forma estabelecida, será repreendido ou punido.
“Vida Maria” na percepção de Max Weber
Weber, partindo do indivíduo e de suas motivações, pretende compreender a sociedade como um todo. Para ele a sociedade existe concretamente, mas não é algo externo e acima das pessoas, e sim o conjunto de ações dos indivíduos relacionando-se ao mesmo tempo.
Weber diria que o que acontece com as mulheres do vídeo é uma ação tradicional, que tem por base um costume arraigado, a tradição familiar ou um hábito. É um tipo de ação que se adota quase que automaticamente, reagindo a estímulos habituais. Para aquelas meninas é normal deixar o estudo de lado para dedicarem-se ao trabalho, pois sempre foi feito dessa forma no meio em que elas vivem.
Para Weber, ao contrário do que defende