Vida de Kumba Yalá
Nascido numa família de agricultores em Bula, região do Cacheu em 15 de Março de 1953, Ialá tornou-se na adolescência um membro militante do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC). O PAIGC lutava à mão armada contra o domínio colonial português.
Estudou Teologia na Universidade Católica Portuguesa de Lisboa e em seguida filosofia.2 Em Bissau, Ialá estudou Direito. Poliglota, falava português, crioulo da Guiné-Bissau, castelhano, francês e inglês e podia ler em latim, grego e hebraico.2 Após completar seus estudos, trabalhou como professor de Filosofia.
Carreira política
Ialá comandou uma delegação do PAIGC a Moscovo em homenagem ao 70º aniversário da Revolução Bolchevique de 1917, mas em 1989 foi expulso do partido por exigir uma grande reforma democrática.
Em março de 1991, ao lado de Rafael Barbosa, Yalá ajudou a fundar a Frente Democrática Social (FDS).2 Em 14 de Janeiro de 1992, Yalá abandonou a FDS e fundou o Partido para a Renovação Social (PRS).
A primeira eleição presidencial multipartidária teve lugar em 3 de julho de 1994. O então presidente e candidato do PAIGC João Bernardo "Nino" Vieira venceu com 46,2% dos votos. Yalá ficou em segundo lugar, com 21,88%. Como nenhum dos candidatos obteve 50% dos votos para uma vitória absoluta, o segundo turno da eleição se realizou em 7 de agosto. Vieira derrotou Ialá por uma margem de apenas quatro pontos percentuais (52,02% contra 47,98%). Embora a eleição tenha sido considerada livre e sem fraudes por observadores estrangeiros, Yalá recusou os resultados, alegando ter havido intimidação contra os seus eleitores. A Corte Suprema rejeitou as suas alegações e os resultados acabaram por ser validados. A 20 de agosto, ele declarou aceitar os resultados, mas anunciou que o PRS não participaria do novo governo.
Em 28 de novembro de 1999, após uma guerra civil devastadora e a deposição de João Bernardo Vieira, realizaram-se novas eleições presidenciais.