Vias de administração medicamentosa e osteoporose
Os ossos com osteoporose perdem resistência porque perdem “quantidade”.
Ter osteoporose quer dizer ter ossos menos resistentes, que partem com mais facilidade, com traumatismos mínimos, p. ex. uma queda no mesmo plano.
Quem tem osteoporose pode partir qualquer osso, mas as fraturas mais frequentes são as das vértebras, dos ossos do punho, da anca (colo do fémur) e do ombro (colo do úmero).
Os ossos são um tecido vivo em constante remodelação, onde a cada momento há osso “antigo” a ser reabsorvido e osso “novo” a ser formado. Até aos 30 anos a formação é muito superior à reabsorção. A partir dessa idade a reabsorção de osso começa a ser mais rápida e a formação mais lenta, pelo que o resultado final é uma diminuição da quantidade de osso. Este fenómeno é normal e acontece a todos nós, mas se a diminuição for excessiva o resultado é a osteoporose.
Fatores de risco
Quem pode sofrer de osteoporose?
A osteoporose atinge principalmente as mulheres depois da menopausa e os idosos de ambos os sexos.
As hormonas femininas (estrogéneos) são muito importantes para a remodelação óssea. Com a menopausa a produção de estrogéneos diminui e o resultado é uma perda mais rápida de osso, nos 5 a 10 anos seguintes. Com o envelhecimento a formação óssea começa também a diminuir tanto nos homens como nas mulheres.
Calcula-se que uma em cada 3 mulheres depois da menopausa e 1 em cada 5 homens depois dos 65 anos sofra de osteoporose.
Algumas doenças (p.ex. doenças da tiróide, doenças com má absorção intestinal, insuficiência renal) e medicamentos (p.ex. corticóides) podem também alterar a remodelação óssea dando origem a uma osteoporose secundária, que pode surgir em qualquer idade. Embora pouco frequentes são importantes porque o aparecimento da osteoporose pode ser evitado se corrigida ou tratada a doença de base.
O que são fatores de risco para osteoporose?
A remodelação óssea é muita complexa e determinada por fatores genéticos,