Vettel
A última corrida do Campeonato de F-1, realizada Domingo passado, não só corou Sebastian Vettel pela 3ª vez seguida, mas também representou o ápice de uma Revolução que começou em meados da década passada: as aventuras das bebidas energéticas no Automobilismo.
Vettel foi o 1º - e, até agora, único – piloto da Fórmula 1 com carreira majoritariamente bancada por uma empresa de Energéticos a encontrar o sucesso. Muitos tentaram, mas muitos falharam: Liuzzi, Speed, Bourdais, Klien (estes, sem um apoio tão forte da Red Bull nas categorias de base) e, mais recentemente, Buemi e Alguersuari chegaram na categoria, mas seus resultados não fazem nem cócegas nos feitos do Alemão. A porteira abriu, e a tendência é que outras empresas tentem fazer o mesmo que a Red Bull fez com seus pupilos: bancar e leva-los até o topo.
Isso já acontece em outras categorias - Rally, principalmente – mas no monoposto ainda é muito tímido, se desconsiderarmos a Red Bull. A Mercedes tem um pequeno patrocínio da Monster e dizem que a Lotus terá patrocínio da Burn, que faz parte do grupo Coca-Cola. O mais importante de todo esse processo, porém, é que ele ganhou força justamente no período em que as empresas de Cigarro estavam sendo expurgadas do Automobilismo, dando um exemplo de uma lei famosa da Biologia, que diz que “Quando duas espécies com mesmo nicho disputam um território, uma delas, fatalmente, será eliminada”. O Cigarro foi eliminado e o território é dos Energéticos.
O que os Energéticos vêm fazendo, porém, promete ser mais expressivo que o que os Cigarros fez um dia. Marlboro e Camel, por exemplo, patrocinavam muitos pilotos, mas só quando eles chegavam em categorias mais importantes, como a F-3000; não existiam pilotos no Kart patrocinados pelo Tabaco, por exemplo, feito muito empregado pela Red Bull nos últimos anos.
Não é utópico imaginar uma categoria como a F-1 em que a maioria das equipes têm pelo menos um pequeno patrocínio de bebida