veterinária
Introdução
Oriel Fajardo Campos1
Rosane Scatamburlo Lizieire2
O estabelecimento de um sistema de cria e recria eficiente para as fêmeas em rebanhos leiteiros é um desafio para a maioria dos produtores. Se de um lado as bezerras devem receber alimentação e manejo adequados para que possam atingir o peso ideal à primeira cobertura e iniciarem a sua vida produtiva o mais cedo possível, de outro lado está o fator econômico. É necessário, portanto, buscar o equilíbrio entre economicidade e idade precoce ao parto.
A alimentação é o item que mais onera o custo desses animais, principalmente nos primeiros meses de vida, quando o leite é o principal alimento. Na fase de cria, a utilização de colostro excedente, o fornecimento de quantidades reduzidas de dieta líquida, o desaleitamento precoce e o fornecimento de concentrado a partir da segunda semana de vida podem ajudar a reduzir os custos, sem prejudicar o desenvolvimento dos animais. As bezerras devem receber água e alimentos de alta qualidade. Devem ser observadas diariamente e um plano adequado de medidas sanitárias e preventivas deve ser adotado, para reduzir os gastos com medicamentos e a taxa de mortalidade. O estabelecimento de metas (peso ao desaleitamento e aos seis meses de idade, idade à primeira parição e peso à primeira inseminação ou cobrição) é uma ferramenta que pode auxiliar o produtor a acompanhar o desenvolvimento dos animais, identificando pontos de estrangulamento e facilitando a tomada de decisões.
A fase de recria, que se estende da desmama ou desaleitamento até a primeira cobrição, é menos complexa que a fase de cria, mas nem por isso exige menor atenção dos produtores de leite.
A composição do corpo da bezerra modifica-se com o tempo. De início, há crescimento ósseo e altas taxas de formação de proteína, seguida por uma fase de maior formação de tecido adiposo (gordura).
Do ponto de vista prático, é