Verticalização de belo horizonte
JORNALISMO - APURAÇÃO E REDAÇÃO
TRABALHO FINAL
VERTICALIZAÇÃO DE BELO HORIZONTE
JONAS SOUSA
DANILO FERNANDES
BELO HORIZONTE, 19 DE NOVEMBRO DE 2012
Verticalização aumenta em Belo Horizonte
Apesar de medidas políticas que dificultam a construção de edifícios, o processo de verticalização não para na capital mineira
“Viver aqui era ótimo! Antes desse desenvolvimento o lugar era calmo, não era violento, não tinha muito trânsito, só não tinha condução que era lá no Padre Eustáquio ou na Vila dos Marmiteiros. Até que melhorou, o progresso trouxe muita coisa boa, mas infelizmente muita coisa ruim veio junto.” A aposentada Iris Lopes da Silveira, de 89 anos, mora no bairro Minas Brasil há 61 anos e lamenta os incômodos que vieram junto ao rápido desenvolvimento e à verticalização do bairro. Ela vive em uma casa cercada de edifícios e diz que ainda não se acostumou: “Essa construção desenfreada de prédios é horrível. Antes tinha alguns prédios no bairro, mas hoje a situação está terrível, eu fico encurralada”, desabafa Iris, ressaltando os aspectos negativos da verticalização.
Apesar de muitos moradores da região Noroeste da cidade terem a sensação de que o processo recente de verticalização é totalmente negativo, Leonardo Magalhães, 36 anos, morador do bairro Padre Eustáquio, vai contra essa tendência e acredita que a verticalização é positiva. “Assim o bairro cresce no mesmo ritmo da cidade e isso é natural no processo da evolução de centros urbanos”, afirma. Ricardo Maurílio também diz que o aumento do número de edifícios tem seu lado positivo: “A verticalização pode ser positiva se existir uma estrutura bem planejada”.
Assim como São Paulo e Rio de Janeiro, Belo Horizonte está crescendo rapidamente e muitos bairros antes tradicionais estão sentindo o reflexo dessa mudança. A arquiteta e urbanista Carolina Mattar, 28 anos, explica que a verticalização das cidades é inevitável, e aponta pontos