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Ficou conhecido como Primavera Árabe o movimento revolucionário popular, que a partir do início de 2011 chacoalhou diversos países árabes, causando inclusive a queda de alguns governos muito antigos, como o de Hosni Mubarak no Egito. As revoluções se iniciaram na Tunísia com grandes protestos que derrubou em poucas semanas o Presidente, logo em seguida no Egito que levou as ruas milhares de protestantes, que levou a renúncia do Presidente Hosni Mubarak, uma guerra cível na Líbia que resultou na união de forças militares de diversos países que apoiaram grupos rebeldes armados na luta contra o Presidente Muammar Kadafi, que acabou sendo capturado, linchado e morto. Na Síria, porém, a situação continua indefinida, apesar de inúmeras mortes no ano de 2012, os protestos são contra os abusos dos governantes, em geral ditadores que além de não praticarem a democracia, não respeita os direitos humanos de liberdade de expressão, cidadania e qualidade de vida. O grande objetivo dos opositores é a derrocada de Bashar al- Assad, no poder desde 2000, defensor de uma ideologia progressista e de sentimentos árabes nacionalistas, entretanto na mesma medida que Assad desafia seus opositores, estes não dão mostras de enfraquecimento. Pelo contrário o aumento de conflitos é acompanhado pela crescente organização e institucionalização da oposição.
Enquanto situação e oposição não resolvem a batalha pela soberania síria, o número de vítimas civis não para de crescer, e no mesmo ritmo que os grandes atores do mais complexo capítulo da primavera árabe não encontram um caminho pacífico para a Síria,