verdades
Ao encerrar o capítulo 4, com o verso 32, e entrar no capítulo 5, com os versos 1 e 2, Paulo nos coloca diante de uma surpresa sem precedentes. Vamos ler estes três versos:
“Antes, sede uns para com os outros benignos, compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus, em Cristo, vos perdoou. Sede, pois, imitadores de Deus, como filhos amados; e andai em amor, como também Cristo nos amou e se entregou a si mesmo por nós, como oferta e sacrifício a Deus, em aroma suave”.
Esta passagem revela um grande envolvimento entre Deus e os seus filhos, que nos leva a perguntar: O que é que Deus deseja com relação ao ser humano? E ainda: O que é que leva Deus a realizar o seu desejo? A primeira pergunta já foi respondida, durante os nossos estudos anteriores desta Carta. Relembrando: o desejo de Deus é habitar no meio do Seu povo. No velho testamento, Ele fez construir o Tabernáculo que, mais tarde, foi substituído pelo Templo de Jerusalém, lugares em que Ele manifestava a Sua glória e a Sua presença (Êxodo 25: 8-9; Levítico 26: 11-12; I Reis 9: 3). Já, no Novo Testamento, Ele estabeleceu a Igreja para Sua habitação em Espírito (Efésios 2: 19-22).
Todavia, o desejo de Deus ainda vai muito além. Ele quer habitar no coração de cada um dos Seus filhos, individualmente. Estas coisas nós já aprendemos quando estudamos a oração intercessória, do apóstolo Paulo, no capítulo 3, versos 14 a 21. Naquela oportunidade, nós dissemos que muitos teólogos consideram este trecho como o ponto mais alto da revelação de Deus em toda a Bíblia, porque aqui é mostrada a total e perfeita interação entre o Criador e a criatura redimida.
É neste sentimento de amor que estamos envolvidos com Deus porque, sendo Ele o nosso Pai Amoroso, é também o nosso modelo de procedimento. O verso 32, do capítulo 4, já mostra o lado positivo do procedimento concernente à vida cristã, em contraste com as atitudes negativas que vimos nos versículos anteriores a este.
Em