Venenos de cobra
PEÇONHA
proteína altamente complexa que é inoculada na corrente sanguínea através de dispositivos que o próprio animal tem para esta finalidade - dentes ou ferrões.
Ou seja, as serpentes que possuem presas inoculadoras de veneno são chamadas PEÇONHENTAS, e as que não possuem estes dentes, são chamadas NÃO PEÇONHENTAS.
Tal definição só é possível entender quando definidos os tipos de peçonha e seu modo de ação no organismo. A peçonha nada mais é que uma especialização da saliva da serpente, onde esta adquire o poder de destruição das proteínas e de desencadear diversas reações nos seres vivos para que se possa realizar a digestão. Então, isto quer dizer que a peçonha, para a serpente, atua como suco digestivo.
Peçonhas de serpentes constituem fontes naturais de substâncias bioativas com grande potencial terapêutico.
Proteolítica
AÇÃO PROTEOLÍTICA - também denominada de necrosante, decorre da ação citotóxica direta nos tecidos por frações proteolíticas do veneno. Pode haver liponecrose, mionecrose e lise das paredes vasculares.
Caracteriza-se pela destruição das proteínas do organismo. Provoca, no local da mordida, intensa reação que se reconhece pela dor, edema firme (inchaço duro), equimose (manchas), rubor (avermelhamento), bolhas hemorrágicas (ou não), que pode se seguir de necrose que atinge pele, músculos e tendões. As enzimas proteolíticas podem, pela agressão às proteínas, induzir a liberação de substâncias vasoativas, tais como bradicinina e histamina, substâncias estas que, nos envenenamentos graves, podem levar ao choque.
Coagulante
AÇÃO COAGULANTE - substâncias que, através da mordida, penetram na circulação sanguínea, coagulam o fibrinogênio (substância que promove a coagulação do sangue), que se deposita em microcoágulos