Venda directa
Após uma investigação extensa verificámos que as definições de venda directa encontradas, são muitas delas tão amorfas, ou tão amplas que não conseguem sequer diferenciar a venda directa de outros métodos de marketing.
Para o presente trabalho adoptámos a seguinte definição: “a venda directa é um método de distribuição de bens de consumo através de contactos pessoais entre vendedor e comprador fora dos locais fixos de comércio”.
A venda directa tem a sua origem na venda ambulante. Os vendedores ambulantes, que em Portugal também se designavam bufarinheiros, desempenharam um importante papel no desenvolvimento do comércio interno. Durante milhares de anos os vendedores ambulantes viajaram por todo o lado carregando os mais variados produtos para vender aos consumidores. Esses viajantes eram principalmente homens itinerantes e independentes uns dos outros. Contudo, nos últimos 100 anos a venda directa tornou-se bem diferente: hoje os vendedores directos realizam as vendas maioritariamente na sua vizinhança, são principalmente mulheres e muitas vezes ligados em rede a empresas com estruturas bem organizadas.
Para além da venda directa constituir um método de distribuição alternativo, proporciona várias vantagens para as empresas fabricantes que o utilizam: as despesas gerais são mínimas – a maioria dos distribuidores trabalha em casa, eliminando a necessidade de escritórios caros e lojas dispendiosas. Os distribuidores compram os produtos directamente ao fabricante e revendem-nos directamente aos consumidores – não há outros intermediários que fiquem com uma parte dos lucros, e fazem muito pouca ou nenhuma publicidade (Hawkins 1992).
Em resumo a venda directa tem duas características principais, que a distinguem de outras formas de distribuição: venda face-a-face e fora dos locais fixos de retalho. Assim a venda directa não é mais do que uma forma de comunicação interpessoal entre indivíduos, em que um vendedor troca