Vascularização dos rins
Quanto ao suprimento arterial, as artérias renais se originam na aorta abdominal no nível do disco intervertebral IV entre L1 e L2. A art. renal direita passa posteriormente à veia cava inferior. Dessa forma, a artéria renal direita é mais longa do que a esquerda.
Tipicamente, cada artéria renal divide-se no hilo em cinco artérias segmentais, que são artérias terminais que não se anastomosam. Essas artérias segmentares são distribuídas para os segmentos do rim:
I. Segmento superior: suprido pela artéria do segmento superior
II. Segmento ântero-superior: suprido pela artéria do segmento ântero-superior
III. Segmento ântero-inferior: suprido pela artéria do segmento ântero-inferior
IV. Segmento inferior: suprido pela artéria do segmento inferior
V. Segmento posterior: suprido pela artéria do segmento posterior
É importante ressaltar que todas essas artérias se originam do ramo anterior da artéria renal. Já a artéria do segmento posterior, que se origina de uma continuação do ramo posterior da artéria renal, supre o segmento posterior do rim. Com isso, conseguimos segmentar os rins de acordo com o seu suprimento arterial.
O clamp de uma das artérias levará a uma área isquêmica bem delimitada, que orientará o cirurgião na sua linha de secção deixando apenas tecido saudável.
Existe, também, uma região denominada linha de Brödel, em homenagem ao seu descobridor, localizada na superfície convexa a cerca de um centímetro posteriormente à linha média do rim, e estendendo-se entre os dois pólos, não avançando sobre eles. Este acesso, descrito por Boyce, permite incisar o parênquima renal sobre uma região menos vascularizada, com menores riscos de sangramento e de perda de tecido.
As artérias segmentares, por sua vez, darão origem às artérias interlobares, que, na junção cortico-medular, dividem-se para formar as artérias arqueadas e, posteriormente, as artérias interlobulares. Dessas artérias surgem as arteríolas aferentes, as quais