Vasalisa: análise simbólica
Vasalisa, a sabida.
Oficina de Contos
Prof.ª: Eliana Ribeiro
Aluna: Aline Reis
• A mãe moribunda chama Vasalisa e lhe entrega uma boneca com que poderia contar sempre que precisasse de ajuda, morrendo em seguida.
Esse conto fala sobre a transmissão da benção (representado pela boneca) do poder de intuição das mulheres de mãe para filha. Nesse primeiro mitema, a menina deve permitir a morte da mãe psíquica protetora, boa demais, que não é adequada para ser um guia para a futura vida instintiva da pessoa. À medida que a mãe-boa-demais morre, a nova mulher nasce.
• O pai desposa uma viúva com duas filhas, que embora fossem gentis com Vasalisa, a detestavam, porque ela tinha uma doçura que não parecia deste mundo.
Nesse segundo mitema, a madrasta aparece para que a menina aprenda com maior conscientização a largar a mãe excessivamente positiva e vivencie a própria natureza sombria, especialmente os aspectos exploradores, ciumentos e rejeitadores do self (a madrasta e suas filhas). Vasalisa precisa criar o melhor relacionamento possível com as piores partes de si mesma e trabalhar para que o velho self possa morrer e então nasça o novo self intuitivo.
• Após a madrasta e suas filhas deixaram o fogo da lareira se apagar , a boneca orienta Vasalisa pela floresta até a casa de Baba Yaga, em busca de fogo.
O terceiro mitema apresenta a entrada na floresta, símbolo este que significa o consentir em se aventurar a penetrar no local da iniciação profunda e começar a experimentar o sentimento novo e perigoso de estar imersa no poder intuitivo. Aprender a desenvolver a sensibilidade ao inconsciente misterioso no que se relaciona ao direcionamento e confiar exclusivamente nos próprios sentidos interiores. Aprender o caminho de volta para casa da Mãe Selvagem (obedecendo às instruções da boneca). Aprender a nutrir a intuição (alimentar a boneca). Deixar que a mocinha frágil e ingênua morra ainda mais.