Variação geografica
O Brasil apresenta um vasto território, caracterizado por regiões geográficas diversas. Com isso temos diferentes formas de pronúncia, vocabulário e estrutura sintática.
Os estudos dialectológicos de caráter científico iniciaram-se no Brasil com o Dialeto caipira, de Amadeu Amaral, publicado em 1920. O trabalho de Amadeu Amaral teve o mérito de chamar a atenção para a importância e a urgência de uma recolha sistemática dos nossos falares, condenados a perecerem pela progressiva nivelação cultural. Foi ele quem animou as pesquisas de Antenor Nascentes sobre o linguajar carioca (1922) e outras que se lhe seguiram.
Entre as divisões propostas em caráter provisório, sobreleva a de Antenor Nascentes, fundada em observações pessoais colhidas em suas viagens por
todos os Estados do País.
Antenor Nascentes dividiu o falar brasileiro em seis subfalares que reuniu em dois grandes grupos os quais foram chamados de Norte e Sul.
Basta uma singela frase ou uma simples palavra para caracterizar as pessoas pertencentes a cada um destes grupos. Eles estão separados por uma zona que ocupa uma posição mais ou menos eqüidistante dos extremos setentrional e meridional do país. Esta zona se estende, mais ou menos, da foz do rio Mucuri, entre Espírito Santo e Bahia, até o Estado de Mato Grosso.
Para Nascentes o falar do Norte e do Sul apresenta traços diferenciadores fundamentais:
a abertura das vogais pretônicas no Norte em palavras que não sejam