Varandas do Eden
As pessoas que chegavam para a procissão eram atraídas por aquela cena e a notícia se espalhava entre o povo, até que um repórter foi ao local pra fazer uma matéria sensacionalista, distorcendo os fatos e transmitindo a notícia de acordo com as próprias tendências políticas, fazendo frente ao sistema do País mergulhado numa ditadura militar.
Enquanto isso, Bonitão, como era conhecido o gigolô, entrou em contato com a polícia e levantou suspeitas sobre Zé do Burro, em uma trama para prendê-lo e deixar o caminho livre, podendo assim agenciar Rosa na prostituição.
Mais tarde, depois da chegada do delegado e após muitos questionamentos sobre a dignidade da promessa e da proíbição de sua entrada na igreja, foi anunciada a detenção do pagador de promessa que, profundamente consternado, resistiu à prisão e foi morto pela polícia na presença de todos.
Zé-do-burro era um homem muito simples, vivia na companhia da mulher e de seu animal, um burro por quem tinha muito apego.
Certa vez o animal fora ferido na cabeça por um galho de árvore e Zé, ao ver a situação do animal, fez uma promessa à Santa Bárbara, prometeu que dividiria suas terras entre os necessitados e carregaria uma cruz tão pesada como a de Jesus até à igreja da Santa. Como em sua cidade não havia a tal igreja, fez a promessa em um terreiro de candomblé, onde ela é conhecida pelo nome de Iansan. Saiu de sua terra no interior da Bahia carregando uma cruz, junto ia sua esposa.
Caminharam sete