VANTAGENS COMPARATIVAS 1
1. INTRODUÇÃO
Vantagens comparativas é uma teoria desenvolvida pelo economista e político britânico David Ricardo, no século XIX. O seu conceito está intimamente ligado ao Custo de Oportunidade, que por sua vez, é um dilema que consiste em “abrir mão”, por exemplo, da produção do bem A em prol do bem B.
Em uma relação comercial entre dois países, Norte e Sul, por exemplo, eles tenham disponíveis 10 horas diárias de fator trabalho. Tanto Norte quanto Sul produzem alimentos e roupas. Porém, Norte gasta 3 horas para produzir uma unidade de roupa e 1 hora para produzir uma unidade de alimento. Enquanto Sul gasta 2 horas para produzir uma unidade de roupa e 2 horas para uma unidade de alimento. Ao analisar essa situação, podemos dizer que Norte quanto sul possuem vantagens comparativas nessa relação comercial. Norte no bem alimento e Sul no bem roupa. “O comércio entre dois países pode beneficiar a ambos, se cada qual exportar os bens em que possui uma vantagem comparativa” (KRUGMAN. OBSTFELD. Economia Internacional, 2009).
Em meados do século XX, os neoclássicos adotaram a teoria das vantagens comparativas e as subclassificas como estáticas e dinâmicas, tendo emprestado o conceito da teoria físico-mecânica. As vantagens estáticas são caracterizadas pela “dotação relativa dos fatores de produção, competição perfeita, rendimentos constantes de escala e ausência de diferenças técnicas entre países (Olhin, 1931; Samuelson, 1946)”. Já as vantagens dinâmicas levam em consideração os avanços tecnológicos, concorrência imperfeita, distorções nos preços.
2. AS VANTAGENS ABSOLUTAS DE ADAM SMITH
As teorias do comercio internacional tem seu inicio quando Adam Smith escreve As Riquezas das Nações. Smith tentou demonstrar que havia possibilidade de ganho através do comercio internacional, sem focar nos interesses do Estado ou país, mas sim na necessidade dos agentes econômicos. Ele baseou-se na teoria valor-trabalho, onde quem determina os