Vacina
Uma vacina é uma preparação antigénica, que inoculada num indivíduo induz uma resposta imunitária protetora específica de um ou mais agentes infecciosos. Ela induz o nosso sistema imunitário a produzir anticorpos específicos contra um determinado microorganismo. Assim, no caso de um microorganismo invadir o corpo de uma pessoa previamente vacinada, os anticorpos já existentes em seu organismo impedem que a doença nele se instale. Por isso se diz que as vacinas são usadas para a prevenção de certas doenças.
São muito eficientes para prevenir diversas doenças, como hepatite, gripe, tuberculose e rubéola. Graças ao sucesso das campanhas de vacinação, a poliomielite, também conhecida como paralisia infantil, é considerada erradicada do Brasil desde 1989. Já a criação de vacinas para doenças causadas por vírus com alta taxa de mutação, como o HIV (causador da aids), ainda é um desafio.
Quando a varíola apareceu na rota da seda, da China para a Turquia, surgiu a ideia de inocular pus retirado de um doente, numa pessoa saudável. Era arriscado, mas ao desenvolver sintomas benignos, a pessoa estava mais bem protegida da infecção fatal.
O que se apelidou de variolização foi importado para o Ocidente no início do século XVIII. Mas foi só em 1796, que um médico inglês, Edward Jenner, estabeleceu as primeiras bases científicas e foi ele que anunciou a Academia Real de Ciências a criação do primeiro imunizante contra varíola.
Um conflito mais recente, e que é estudado nas aulas de História do Brasil, também por questões parecidas, foi a “Revolta da Vacina”, que ocorreu em 1904 no Rio de Janeiro, uma tentativa do então presidente, Rodrigues Alves, juntamente com o prefeito Pereira Passos e o médico Oswaldo Cruz, de executar uma grande empreitada sanitária, como forma de “modernizar” e higienizar a região.
Esse projeto consistia em, além de retirar as pessoas das ruas, levantar guerra a mosquitos, ratos e outros animais “maléficos”, também obrigar a população inteira