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19/06/2007 - 08:19 Autor(a) : Em Foco Online Foto: 55610
Cidadão de Papel traz em sua essência a conscientização para um mundo onde a cidadania possa sair do papel e tornar-se realidade. Segundo o autor a cena dos meninos de rua vendendo balas em semáforos, ou engraxando sapatos tornou-se comum para nós humanos. E que entre você leitor, e um menino de rua existe algo em comum: falta de cidadania. Nós por não termos ela em prática e eles por nunca terem a oportunidade de tê-la conhecido.
No Brasil a pobreza e a má estruturação na educação do país é um assunto que visto pelos Governantes como problema e até gera crises, mas não são esses itens que trazem a desigualdade social e sim a falta de se praticar a cidadania. Acontece um efeito dominó, os pais pobres tem filhos, estes serão pobres e mesmo que tentem subir na vida o máximo que recebem é o descaso, ora por preconceito racial ora por falta de diploma universitário. O autor relata em Cidadão de Papel que no Japão os alunos que concluem o segundo grau já têm seus próprios apartamentos quando se formam, no Brasil isso é algo utópico e aos olhos dos estudantes ter o próprio apartamento só se conquista depois dos 20 anos de vida, ou talvez nunca.
[...] “É a famosa pergunta: Quem nasceu antes: o ovo ou a galinha?
O garoto é pobre porque não conseguiu estudar em uma boa escola ou é porque não estudou que continua pobre?” [...].
Esse efeito dominó acontece por falta de sensibilização da população, ao invés de ficarem só olhando para o próprio umbigo, começam a ver que dinheiro não cai do céu, muito menos cidadania vem na bandeja de ouro. Dimenstein relata em um trecho do livro a história de Margaret, uma menina que lutou sozinha para tirar ela, suas irmãs e mãe das ruas. Disse que batalhou para sair da vida que elas se sujeitaram a viver, vendendo doces nas ruas. Seu desejo de mudança foi o impulso para não repetir a mesma história que