Uso e Escassez da agua na RMSP

USO DAS ÁGUAS SUBTRRRÂNEAS NA RMSP

De acordo com Tutiya, 2006, a SABESP em 2003 utilizava-se de mais de 1.000 poços para abastecimento público atendendo aproximadamente 3.000.000 usuários.
Há indícios de serem mais de 10 mil os poços de extração de água na cidade de São Paulo.
Os setores industrial e agropecuário são outros importantes usuários da água subterrânea do Estado de São Paulo, embora o setor de lazer venha crescendo nos últimos anos. A água subterrânea constitui umas das principais razões para o desenvolvimento de pólos turísticos no Estado.
Estimativas iniciais feitas pelo Instituto de Geociências da Universidade de São Paulo (USP) sobre o volume total explorável de água subterrânea na Bacia Hidrográfica do Alto Tietê indicam mudança significativa no perfil dos usuários dos recursos hídricos subterrâneos. O crescimento do uso residencial passou de 12% para 35% entre 1980 e 1990, mantendo-se assim até 2000. Outros segmentos, como o industrial, de lazer, serviços e abastecimento público, mantiveram-se em patamares estáveis, entre 2% e 5% cada. O segmento “outros” teve queda de 18% para 3% no período.
A potencialidade dos dois aqüíferos é tão grande que, além das cidades, diversas indústrias que têm como matéria-prima a água na fabricação de seus produtos, a agricultura, com as diversas técnicas de irrigação e mais recentemente clubes e hotéis fazem uso da água armazenada no subsolo para suprir o seu abastecimento. Aliado à sua qualidade, normalmente satisfatória, em algumas regiões a água sai aquecida naturalmente com temperaturas de até 46ºC e apresenta artesianismo jorrante com vazões da ordem de 350m³/h.
Estas características resultam da condição de ocorrência dos aqüíferos, que afloram na região central do Estado de São Paulo e mergulham no sentido oeste, sendo recobertos, nesta região, por mais de 1.000 metros de espessura de rochas basálticas, densas e impermeáveis e, tendo na base, rochas predominantemente argilosas e siltosas da