USO RACIONAL DE MEDICAMENTOS
As consequências do uso irracional de medicamentos têm impacto no âmbito clínico e econômico refletindo na segurança do paciente. O uso inadequado da terapia medicamentosa se traduz no consumo excessivo de produtos supérfluos, ou resultantes da automedicação, e a subutilização dos essenciais, prejudicando assim o tratamento e controle da doença. Nesse cenário, a automedicação é entendida como prática perigosa para a saúde, e representa uma ameaça à saúde pública, devido aos gastos decorrentes por atendimentos, internações e óbitos. Em uma pessoa idosa, a automedicação pode ser ainda mais grave, trazendo riscos à saúde em vários aspectos, pois o envelhecimento traz consigo acometimentos simultâneos de órgãos e tecidos, causando uma maior prevalência de doenças crônicas não transmissíveis e degenerativas, além de alterações funcionais, acarretando modificações na farmacocinética dos medicamentos. Além disso, estas alterações pode contribuir para o aparecimento de interações medicamentosas como também aumentar o risco de reações adversas, colocando em risco a saúde do paciente.
Palavras chave: Idoso. Automedicação. Reações adversas. Interações medicamentosas.
The consequences of irrational use of drugs have an impact in clinical and economic context reflecting on patient safety. Improper use of drug therapy translates into excessive consumption of superfluous products, or resulting from self-medication, and the underuse of essential, thus impairing the treatment and control of disease. In this scenario, self-medication is perceived as dangerous practice for health, and represents a threat to public health due to expenses resulting for consultations, hospitalizations and deaths. In an older person, the medication may be even more severe, and bring health risk in several respects, because aging brings with simultaneous events of organs and tissues, causing a higher prevalence of chronic diseases not communicable and degenerative, besides functional