Uso racional de antimicrobianos a visão do farmacêutico através da comunidade hospitalar
Autora Responsável: Cláudia Aparecida Avelar Ferreira Cláudia Aparecida Avelar Ferreira , Hairton Ayres Azevedo Guimarães1, Maisa Aparecida Guatimosin Azevedo1, Tamara Burahem de Lima2, Bruno Luttembarck Vianna3, Simone Etil Etelvina da Silva1, Jailson Diniz L. Filho3, Adriana Ferreira Queiroz3, Renata Fausto de Barros1.
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INTRODUÇÃO
O ritmo de desenvolvimento da resistência bacteriana nos diferentes patógenos representa um constante desafio terapêutico, fenômeno observado em todo o mundo. O surgimento da resistência de microorganismos a drogas antimicrobianas constituiu-se na evolução indesejada de um dos aspectos da terapêutica e do desenvolvimento tecnológico possibilitando a recuperação de problemas que no passado levavam à morte (HOEFEL & LAUTERT, 2006). A resistência de bactérias aos antibióticos disponíveis clinicamente se tornou um problema de saúde pública em todo mundo. Além disso, o custo financeiro de uma terapia fracassada por conta de microrganismos resistentes é muito grande, onerando ainda mais os sistemas públicos de saúde (FIOL et al, 2010). Bactérias resistentes geram novas consultas, novos exames diagnósticos, nova prescrição, sem contar a provável internação e ocupação de leitos hospitalares (FIOL et al, 2010). O controle da resistência bacteriana depende de um raciocínio complexo envolvendo indicações de uso, política de utilização, forma de administração e questões financeiras ligadas aos hospitais e aos interesses da indústria de medicamentos (HOEFEL & LAUTERT, 2006). O número de antibióticos em pesquisa diminuiu drasticamente nos últimos anos, enquanto a resistência às drogas antimicrobianas tem crescido de forma inexorável. Como consequência desta resistência intrínseca ou adquirida, uma guerra que parecia vencida tem se transformado numa enorme dor de cabeça. A rápida evolução da resistência aos antibióticos tem diminuído drasticamente o