Uso paracetamol
COORDENADORIA DE CONTROLE DE DOENÇAS
CENTRO DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA “PROF. ALEXANDRE VRANJAC”
Divisão de Imunização
USO DO PARACETAMOL PROFILÁTICO EM VACINAÇÕES:
RESPOSTA DE ANTICORPOS
A febre faz parte da resposta inflamatória habitual do organismo. A febre que ocorre após a vacinação, em geral, é autolimitada e sem conseqüências graves, mas pode estar associada a convulsões febris e isto é motivo de preocupação para os pais e profissionais da saúde. Deste modo, o uso profilático de fármacos antipiréticos tornou-se rotineiro em algumas localidades. Entretanto, não há evidências científicas que suportem essa prática.
Em um ensaio clínico randomizado, controlado e aberto, Prymula e colaboradores1 estudaram o efeito da administração profilática de paracetamol, por ocasião da vacinação, sobre a ocorrência de reações febris e sobre a resposta vacinal. O objetivo primário do estudo foi analisar a redução de reações febris (Temperatura retal ≥ 38º. C) em todos os vacinados. O objetivo secundário foi avaliar a imunogenicidade das vacinas após o esquema primário e após o reforço em crianças que receberam ou não paracetamol profilático. Os 459 lactentes saudáveis, com idade entre 9 e 16 semanas, foram randomizados em dois grupos: o primeiro deveria receber três doses de paracetamol profilático (via supositório), a cada 6 ou 8 horas durante as primeiras 24 horas após a vacina (n= 226), sendo a primeira dose administrada pelos profissionais da saúde, logo após as vacinas; o segundo grupo não deveria receber profilaxia (n=233). As vacinas administradas em ambos os grupos foram: vacina 10-valente contra o pneumococo, coadministrada com a vacina hexavalente (difteria, tétano e pertussis acelular, poliovírus inativado 1,2 e 3 e H.influenzae tipo b) e a vacina oral contra o rotavírus humano. Após o esquema primário, entre 12 e 15 meses, os grupos de lactentes com ou sem a profilaxia com paracetamol receberam uma dose