filosofando

3651 palavras 15 páginas
8. Sistema Prisional Brasileiro

As prisões que conhecemos hoje são caracterizadas por lugares onde entram criminosos para cumprir certo tempo de privação de liberdade para assim “corrigirem um ato ilegal” (OTONI, BANDEIRA e PACHECO, 2012). Mas nem sempre foi assim.
Na Antiguidade e na Idade Média se desconhecia a pena de privação de liberdade, a punição ocorria da seguinte forma: eram aplicados sobre o corpo diversos atos extremamente violentos e dolorosos, os condenados sofriam tortura, sofrimento e humilhação. Ao longo dos anos as duras penas aplicadas ao corpo deixaram de ser o alvo principal da repressão penal (MAGNABOSCO,1998; FOUCAULT,1987).
Por volta do século XVI e XVII a Europa é tomada por uma onda de violência provocada pela pobreza que abateu o continente. Foi durante essa época que começava a se perceber que aquela forma de punição já não estava sendo mais adequada e pensava-se em adotar outra forma de punição (MAGNABOSCO,1998).
Durante o século XVIII o capitalismo começa a ganhar força e se instaura rapidamente no cenário econômico e é ele que começa a clamar pelo controle das populações tidas como criminosas. Com o amplo desenvolvimento do capitalismo, ele passa a participar do surgimento dos meios de vigilância e controle da sociedade. Os indivíduos passam a estar ligados diretamente com a riqueza, desse modo torna-se necessário protegê-la. Pode-se dizer então que a prisão é resultado do modelo capitalista, “o século XIX assistiu ao desenvolvimento paulatino da prisão e ao expansionismo do modo de produção capitalista” (SILVA, 2009, pág.120).
De acordo com Foucault (1987) a penalidade de detenção surgiu somente final do século XVIII e inicio do século XIX, privar o sujeito da sua liberdade que é considerada um bem que pertence a todos da mesma maneira, pareceu à melhor forma de punição a se aplicar. As primeiras penitenciárias surgiram no fim do século XVIII. Na Filadélfia as prisões funcionavam sob o regime de reclusão total e os presos

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