O uso do solo urbano e sua valorização como espaço A cidade surge das formas de ocupação do espaço, este por sua vez se dá a partir da necessidade de produzir, consumir e habitar do ser humano, ou seja, de possuir algo ou algum lugar. Dentro do espaço tudo se produz inclusive o próprio espaço, sendo assim, ele se realiza no cotidiano das pessoas como forma de ocupação e utilização em determinado lugar e tempo. Para cada sujeito a cidade exerce um papel diferente. Para o produtor, por exemplo, a cidade gira em torno do mercado e da produção, de sua distribuição circulação e troca; enquanto para o morador-consumidor a cidade é o meio de consumo coletivo, permitindo a reprodução da vida dos homens, sendo um lugar de habitação e consumo. Dentro deste espaço, tanto para o produtor-mercador quanto pro morador-consumidor, o elo que gera uma interação entre esses agentes é o mercado, independente da visão do sujeito. Não muito diferente dos dias hoje, dentro dos processos de fixação dos agentes no espaço a ser definido como seus, os de maior renda se localizavam nas zonas centrais até a sua saturação, estas então poluídas e rodeadas de congestionamento, ficavam como segundo plano para estes, uma vez que tinham como refúgio casas de campo, ou terrenos fora da cidade, amplos e arborizados para fugir destas áreas já deterioradas. Estas áreas não urbanas são ora utilizadas para o meio de produção e ora utilizada para lazer e refúgio para estes de maior. Já a parcela de menor poder aquisitivo da sociedade ficava a sombra da área central urbana, alguns presentas nas áreas centrais, uma vez que já deterioradas e abandonadas pelos sujeitos de classes de maior renda, tornavam-se vagas para esta parcela social. Desta forma o processo de produção e reprodução do capital que vai indicar a ocupação destes espaços, onde o uso do solo é o produto deste processo, assim impondo a configuração deste. O espaço, enquanto concentração, possibilita a circulação de mercadoria,