Uso do carro como extensão da casa
Dados anuais mostram um número alto das conseqüências de conflitos no transito,muitos acabam em agressões e alguns até em morte.Os motoristas que se envolvem em acidentes ou são envolvidos neles muitas vezes levam uma vida rotineira, trabalham, passeiam, amam, dormem, se alimentam..., sem que nada na sua maneira de ser forneça algum indicio de que possam vir a ser protagonistas de tais acontecimentos.
Nesse sentido, a autora inicia uma reflexão em cima do comportamento dos motoristas e constatou que pode-se resumir-lo em três tipos básicos:
OS CAUTELOSOS: na vida, normas, regras, o espaço do outro e conseqüentemente o trânsito;
OS DONOS DO MUNDO: briguentos, agitados, reclamões, agem como se fossem os únicos que sabem das coisas e acham que tudo gira em torno deles.
COMPORTAMENTOS MASCARADOS: pessoas que parecem adequadas no trabalho ou na família, mas que no trânsito revelam comportamentos agressivos, o carro torna-se objeto de poder e de auto-afirmação para compensar inseguranças ou sentimentos de inadequação e inferioridade.
Além disso, Shaywatz e Shaywatz (1995), estudando as diferenças entre homens e mulheres, de acordo com a composição cerebral de cada gênero estabeleceram um perfil das características dominantes de cada sexo:os homens são competitivos, agressivos, apresentam raciocínio lógico,orientação espacial, definem objetivos e por eles se condicionam, já as mulheres preferem argumentar, são intuitivas e pensam no futuro, tem destreza manual e são voltadas para o cuidado, devido ao instinto de maternidade.
Contudo, investigar os tipos de comportamento ou buscar a compreensão das características dos gêneros permite o desvelamento de apenas uma parte dos acontecimentos que permeiam a complexa rede da malha viária material e viva de uma cidade. Nos espaços dessa malha persistem os conflitos cuja complexidade é proporcional a complexidade da natureza