Uso de toxina botulínica no tratamento da hiperidrose
Thayanna Carvalho Bocayuva; Valéria Costa Rocha Viana
INTRODUÇÃO
DESENVOLVIMENTO
O suor é necessário para regulação da temperatura corpórea, sendo o controle de sua produção realizado pelo sistema nervoso autônomo simpático. A hiperatividade das glândulas sudoríparas écrinas situadas na superfície corpórea com maior concentração nas axilas, mãos, plantas e face, leva à transpiração excessiva, sendo denominada hiperidrose (DIAS et al., 2001; SOUZA, SILVA & AZEVEDO, 2006).
A hiperidrose pode ser primária ou secundária. A hiperidrose primária é a forma mais comum, idiopática, e está associada à hiperatividade do sistema nervoso autônomo simpático. Atinge cerca de 1% da população, comprometendo tanto seu desempenho profissional como as relações de convívio social (REIS, GUERRA & FERREIRA, 2011). A hiperidrose secundária está relacionada a uma doença de base como, por exemplo, hipertireoidismo, menopausa e obesidade e distúrbios psiquiátricos (SOUZA, SILVA & AZEVEDO, 2006).
Considerando a história e os sinais clínicos da produção excessiva de suor, o diagnóstico é essencialmente clínico. O transtorno causado permite considerar a hiperidrose uma doença benigna. O constrangimento, o isolamento, o incômodo físico, as alterações psicológicas e a baixa autoestima são exemplos das consequências que essa afecção pode causar a seus portadores (REIS, GUERRA &
FERREIRA, 2011).
As estratégias terapêuticas para a hiperidrose devem empregar o tratamento menos invasivo e que, ao mesmo tempo, forneça um controle eficaz dos sintomas. As formas de tratamento da hiperidrose, em sua maioria, são locais e podem ser agrupadas em cirúrgicas e nãocirúrgicas.
Não-cirúrgicas:
Antitranspirantes, iontoforese, anticolinérgicos orais e toxina botulínica. Cirúrgicas: Simpatectomia e excisão da glândula sudorípara (NYAMEKYE, 2004).
Na última década, a introdução da toxina botulínica tipo A no tratamento
da