Uso da uréia na alimentação de ruminantes
Segundo Gonzáles et al. (2000) bovinos alimentados com dietas pobres em energia mostraram valores altos de uréia no sangue. Em tais circunstâncias, ocorre elevação nos teores de N-uréia na corrente sanguínea, de tal modo que incide na elevação da excreção de uréia no leite e na urina, o que pode alterar as percentagens de nutrientes no alimento, no caso do leite.
O uso da uréia, sendo denominado como nitrogênio não protéico (NNP) tem sido utilizado em larga escala na dieta de bovinos tendo como finalidade redução de custos, muitas vezes sem afetar a produtividade e saúde dos animais (Figura 1).
Figura 1 – Bovinos alimentados com uso de uréia como parte da dieta.
No entanto, como resultado da utilização de dietas ricas em proteína verdadeira ou de NNP, são observadas elevadas concentrações de nitrogênio sendo excretado na urina. Deste modo, poderá haver comprometimento de índices reprodutivos, principalmente, quando os animais envolvidos são vacas de alta produção.
Pouco se sabe a respeito do exato mecanismo pelo qual a proteína afeta a reprodução de bovinos. Entretanto, quando os níveis de nitrogênio uréico sangüíneo, plasmático ou no leite estão acima de 19 a 20mg/dl há uma tendência de queda nas taxas de concepção (Butler, 1998).
Ainda, para otimizar o crescimento microbiano, busca-se sincronizar a liberação de nitrogênio não protéico com a degradação de carboidratos no rúmen. Alguns produtos com a premissa de aproveitamento lento e constante estão disponíveis no mercado, dentre eles o que podemos chamar de uréia protegida. Em trabalhos desenvolvidos por Gonçalves (2006) foram