Sal e seus valores
Clenderson Corradi de Mattos Gonçalves1
Júlio César Teixeira2
Flávio Moreno Salvador1
1 INTRODUÇÃO
A utilização de fontes alternativas de proteína na produção de bovinos é importante, uma vez que fontes convencionais são concorrentes com a alimentação humana. A uréia destaca-se como fonte de nitrogênio não-protéico, sendo bastante utilizada na alimentação de ruminantes, apesar de sofrer limitações devido à sua baixa aceitabilidade pelos animais, sua segregação quando misturada com outros ingredientes e sua alta toxicidade, que é agravada pela elevada solubilidade no rúmen.
A uréia pode ser considerada uma alternativa interessante, principalmente no período das secas, quando as forrageiras apresentam baixas taxas de crescimento e baixos níveis de proteína.
A uréia pode ser fornecida em diferentes sistemas de alimentação: associada ao sal mineral, misturas múltiplas, cana-de-açúcar, capim picado, silagem, concentrados e outros.
Pode-se destacar algumas vantagens do uso da uréia como, por exemplo, tecnologia simples e acessível a qualquer produtor; fonte de nitrogênio não-protéico de baixo custo; baixo custo de implantação; redução das perdas de peso dos animais no período seco e também mantém e/ou estimula a produção de leite.
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1.Zootecnista, aluno de doutorado DZO-UFLA, bolsista do CNPq
2. Professor titular do DZO-UFLA
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A escolha do sistema a ser utilizado dependerá da disponibilidade e dos custos desses produtos e do manejo adotado na fazenda.
2 HISTÓRICO DA URÉIA
Em 1770, o cientista alemão Rouelle identificou a uréia, e, em 1828, ela foi sintetizada pela primeira vez; porém, industrialmente, admite-se que ela começou a ser fabricada em 1870, quando Bassarow promoveu sua síntese por meio do gás carbônico e da amônia. A capacidade dos ruminantes em converter o nitrogênio não-protéico em proteína microbiana foi verificada por Weiskee em 1879.
Durante a