Intoxicação por NaCl e Uréia - Medicina Veterinária
Uréia
A uréia é altamente tóxica, pois, quando ingerida é hidrolisada em amônia. Esse caso de intoxicação se torna mais decorrentes em ruminantes, pelo fato da uréia ser uma forma alternativa de suplementação proteica na alimentação desse animais, por ser de baixo custo.
A suplementação na alimentação de ruminantes é de grande importância, principalmente em períodos de seca, porém, pode gerar altos custos principalmente por causa das fontes proteicas. Nesse caso a uréia pode ser utilizada como suplemento proteico, pois nos ruminantes ao ser hidrolisada em amônia, os microorganismos, presentes no rúmen-retículo, empregam a amônia como substrato para síntese de suas próprias proteínas.
Com tudo, em animais não adaptados, a ingestão de uréia se torna tóxica, tendo que ser feita a introdução desse composto aos poucos. Quando ingerida em altas quantidades, mesmo em animais adaptados ao consumo. Não havendo tratamento, pode levar o animal a óbito, pois provoca graves transtornos nervosos, caracterizados pelo surgimento de tremores musculares e quadro convulsivo.
USO NA DIETA E FONTE DE EXPOSIÇÃO
A baixa concentração de proteína bruta das gramíneas, principalmente no período de inverno, torna-se o principal fator limitante para a produtividade dos ruminantes.
Para suprir esse déficit, usa-se uma suplementação dietética com fontes ricas em proteína de origem vegetal. No entanto, devido ao alto preço desses alimentos, eles foram substituídos parcialmente por fontes de nitrogênio não protéico, como a uréia. Ela é, sem duvida, a mais empregada na alimentação animal, pois é sete vezes mais barata por tonelada de nitrogênio que as fontes de proteína vegetal, possui grande disponibilidade, já que é um subproduto do petróleo, e devido a necessidade de se fornecer quantidades adequadas de proteína degradável no rúmen, para melhor eficiência de digestão da fibra e síntese de proteína microbiana. A uréia pode ser usada em forma de sal mineral proteinado,