Urografia

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No início dos estudos urorradiológicos, dispúnhamos somente da radiografia simples do abdome para a avaliação dos rins e da bexiga. Nos anos 20, uma suspensão de prata coloidal (Collargol) foi introduzida, numa tentativa de melhorar o exame dos tratos superiores e da bexiga, através de injeção retrógrada. Outros agentes foram subseqüentemente tentados, incluindo ar, dióxido de carbono e uma variedade de compostos de metais pesados(1,2).
Um estado de euforia foi atingido no início dos anos 30, quando se deu o desenvolvimento do primeiro material de contraste intravenoso relativamente seguro, o Uroselectan®, creditado a Moses Swick, um jovem urologista americano. Consistia de um único átomo de iodo ligado a um anel piridínico com cinco carbonos. Compostos diiodo foram prontamente desenvolvidos(3).
Com a introdução, nos anos 50 e 60, do iotalamato de meglumina (Conray®), do diatrizoato de sódio (Hypaque®) e dos derivados do ácido triiodobenzóico, a urografia excretora (UE) tornou-se o principal método de diagnóstico por imagem urológico. O aprimoramento das técnicas, com protocolos bem estabelecidos e constantemente atualizados, como a incorporação da nefrotomografia como parte da rotina urográfica (Bosniak, anos 70), o aperfeiçoamento interpretativo por parte dos radiologistas, e a contínua evolução dos meios de contraste intravenosos iodados (contraste não-iônico introduzido na prática radiológica em meados dos anos 70), contribuíram para fazer perdurar esse status.
Outras modalidades de imagem foram sendo paralelamente desenvolvidas, como a ultra-sonografia (US), a tomografia computadorizada (TC) e a ressonância magnética (RM), e apesar do seu crescente uso e associações, o exame global ideal do trato urinário ainda é motivo de controvérsia.
Não obstante, a UE segue sendo extremamente importante para a avaliação de diversas alterações urológicas. Ainda constitui o exame mais adequado para a investigação do sistema coletor (ductos coletores, cálices e sistema

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